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REVISTA DA MADEIRA - EDIÇÃO N°95 - ABRIL DE 2006

Secagem

Aplicação do gás natural em secagem de madeira

Tradicionalmente a secagem de madeira é realizada através de estufas aquecidas por vapor gerado em caldeiras que queimam biomassa. A lenha mista, por exemplo, possui uma eficiência de combustão média em torno de 75%. Isso significa que ¼ da energia desse combustível não consegue ser liberada. Da energia então disponível devem ser consideradas ainda as perdas de calor próprias da caldeira e da tubulação de distribuição de vapor. O gás natural, por sua vez, apresenta eficiência de queima de 95% e tem a característica de possibilitar sua aplicação direta na estufa, por ser um combustível limpo e de fácil manobra.

Apesar do custo de aquisição de energia (R$/kcal) a partir da biomassa ser inferior, o gás natural proporciona situações onde se torna mais vantajoso em termos globais quando comparado com a serragem e a lenha. Um aspecto importante refere-se ao investimento inicial. Utilizar gás natural para secagem de madeira necessita um investimento muito menor por eliminar a necessidade de compra de caldeiras, construção de galpões para estocagem de biomassa, construção de redes de distribuição de vapor, etc. Além disso, sob o aspecto operacional, elimina os custos de movimentação e estocagem, além de liberar espaço físico da empresa.

Um projeto desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), em Joinville, apresentou resultados animadores. As análises indicam que, dependendo da produção e do número de secadores, o gás natural mostra-se, de imediato, mais econômico operacionalmente.

Essa análise indica também que, uma empresa que possua diversos secadores, pode mesclar alguns a gás. Com isso, ganha em flexibilidade operacional, pois evita possíveis problemas com suprimento de lenha ou serragem (falhas de abastecimento em função da sazonalidade).

Outro fator muito importante que a pesquisa revelou foi que o tempo de secagem com gás natural é bastante menor do que com lenha ou serragem. Tal fato aumenta a produtividade entre 30 e 120%.

Esse fato pode, por exemplo, postergar a necessidade de novos investimentos em estufas para aumentar a capacidade, uma vez que há aumento da produtividade com gás natural.

EM RESUMO:

- O uso de gás natural para secagem de madeira requer um investimento inicial muito menor;

- Para certos níveis de produção e número de secadores, o gás natural já é competitivo e traz mais flexibilidade à operação;

- O tempo de secagem com gás natural é bastante menor, o que pode resultar em aumento de produtividade dos secadores entre 30 e 120%.

Os resultados apontam para existência de algumas situações onde o gás natural é mais vantajoso do que a biomassa. Assim, faz-se necessário o estudo caso a caso. Para saber mais, entre em contato com a Gerência de Tecnologia de Gás Natural da SCGÁS.

Contato: arno@scgas.com.br –

Por: Engº Willian Lehmkuhl - Gerência de Tecnologia de Gás Natural

SCGÁS.